ONDE ESTOU ?

Penetrei no mais profundo labirinto
Da melancolia,
E sinto um vazio
Tomar conta do meu ser...
Rebusquei velhas lembranças
Para aplacar minha dor incontida.
Sinto-me como um balão,
Solto ao vento,
Que vaga sem rumo,
Perdido neste imenso infinito...
O apogeu da felicidade
Passou como um relâmpago,
Que perde seu brilho,
Em um céu escurecido
Pelas nuvens que choram,
Assim como minha alma.
Quero dissipar a dor que me segue,
Sem mesmo saber o porque!
É uma cicatriz que teima
Em não fechar,
Deixando na ferida
A marca tristonha do que passou.
Desfiz tantos sonhos, sonhados
Que serão impossíveis realizá-los.
Porém na plenitude do pensamento
Que vaga de um lado,
Ao outro
Martelando minha cabeça...
Repetindo que não devo,
Desistir...
(Umberto Amaral)