NADA

Lá vou eu...
Onde!...
Não sei....
Vou na leveza do impulso.
O que pode vir?
Ou o que pode não acontecer?
Quero sentir o momento.
O afago constante,
Ou a falta deste...
E me dou por vencido
Quando percebo
Que o que procurei
Sem propósito
Discretamente foge...
E me vejo inútil,
Tentando entender...
O nada...
Ou o quase...
(Gilberto Marçal)