SOLITÁRIO

Caminha o homem solitário,
Entre passos,
Lentos e cadenciados ,
Que demarcam,
Tristezas de um passado,
Um passado não muito distante.
Sopra uma brisa suave
Que lhe beija o rosto,
E, seus pensamentos vagam,
De um a outro lado,
Buscando o porque
De tanta procura.
Minutos seguem,
Parecem eternos.
Os rastros na areia somem
Com as ondas
Que açoitam seus pés...
A solidão lhe envolve.
Há uma profunda nostalgia.
Cada passo, uma marca ,
De um homem solitário...
(Umberto Amaral)