MEDO

Pelas ruas e avenidas,
Me encontro perdido
Entre calçadas e praças escuras.
Pensamentos são vagos
Levando nos olhos
Imagens distorcidas
De um tempo conturbado!
Me sinto realmente perdido,
O medo me consome...
E, em cada manequim da vitrine
Vejo um inimigo.
Perece que querem roubar de mim
O pouco que me resta:
A minha dignidade.
Corro muito,
E esgotado, paro!
Me escondo sob meu ser,
Aí acordo, e o medo passa!
(Umberto Amaral)